Sentimento que não sei nomear
Todas as manhãs, quando acordo, sempre é o mesmo, sempre acordo com um vazio, uma solidão sempre está no meu peito, mas tem vezes que acordo com raiva, o que me deixa pior ainda. Quando o dia começa, vivo como se nada estivesse no meu peito, sorriu, brinco e distribuo beijos em minha mãe. Fico sem entender esse sentimento dentro de mim, minha vida é boa, eu sou feliz, mas por que eu sinto isso?
Será que é porque eu não rezo? Nem na minha fé eu acredito, mas, realmente, não entendo esse sentimento. Sempre peço para morrer, sempre. É tão ruim não acreditar em nada, nem em mim. Por que eu continuo viva? Não era melhor eu morrer? Mas às vezes eu amo tanto viver, mas tanto!
Às vezes eu agradeço, sabe, não é sempre, mas tem aqueles momentos em que eu acordo e minha mãe está lá, eu a beijo, ela me benze e me diz que me ama; e eu gargalho, sim, gargalho e brigo com a minha irmã; eu escuto música, danço, leio e nesses momentos eu sempre agradeço por estar viva. Então, eu me pergunto novamente: por que eu quero tanto morrer? Por quê?
Quando esse sentimento fica pior, eu simplesmente desapareço, eu deixo esse sentimento me consumir e não converso com ninguém, só espero me afundar nele, chorar, recolher os meus machucados novamente e volto a sorrir, esse é meu ciclo. Me sinto sozinha, abandonada por tudo e todos, não tenho nada para me apoiar, nem na minha fé, às vezes realmente não me entendo. Só quero morrer mesmo, mas sempre passa e eu volto a sorrir. Aguardo o dia em que não sentir mais isso e começar a acreditar em mim e na minha fé.
..." Hoje eu acordei de um pesadelo"...
Perséfone.
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